29/11/2023
Vendas reais da indústria de SP retraíram 2,3% em outubro, indica FIESP e CIESP
As horas trabalhadas na produção também se reduziram no período
Agência Indusnet Fiesp
O mês de outubro apresentou resultados negativos para a indústria paulista no que tange as vendas reais, com variação de -2,3% sobre o mês anterior e as horas trabalhadas na produção (-0,7%), conforme o Levantamento de Conjuntura (Fiesp/Ciesp).
Por outro lado, os salários reais médios (+0,7%) e o NUCI (+0,1 p.p.) cresceram na leitura atual.
Os dados acima contam com o tratamento sazonal.
Na variação acumulada em 12 meses até outubro, as vendas reais do setor industrial do estado estão em -6,5% ante -5,3% do acumulado até setembro, indicando que o segmento industrial permanece aprofundando a situação de encolhimento do faturamento no ano. Já as horas trabalhadas na produção (+1,7%) e os salários reais médios (+1,0%) seguem em terreno positivo nesta ótica.
O dado de outubro não surpreende, haja visto que a Fiesp adiantou a percepção de queda das vendas através das pesquisas Sensor e Sondagem Industrial divulgadas em outubro e novembro, respectivamente.
A Fiesp, que tem como missão defender os interesses do setor industrial, que é fundamental para o desenvolvimento econômico do país, incessantemente reforça que, para que a situação seja revertida, deve haver mudanças pontuais e estruturais que visam a recuperação da indústria de transformação.
Neste ano, em incontáveis textos, a casa da indústria paulista indicou e ainda indica que a SELIC deve ser reduzida de forma mais célere, que seja definitivamente aprovada a Reforma Tributária, que seja adotada a medida de Depreciação Superacelerada, incentivando o investimento e a modernização de máquinas e equipamentos, além da elaboração do Plano Produção. São medidas que tendem a auxiliar no crescimento de médio a longo prazo, seja da indústria, bem como dos demais setores da economia.
Para o ano de 2023, a Fiesp projeta queda de 0,5% da produção industrial e tímido crescimento deste indicador no ano de 2024, de 0,4%.