14/10/2022
Commoda realiza reunião inaugural
A ABIACAV é uma das entidades que integram o novo Comitê da Cadeia Produtiva da Moda (Commoda) lançado oficialmente no último dia 22 de setembro, na sede da Federação das Indústrias do Estado de São Paulo (Fiesp). O Comitê tem por objetivo reunir desde a indústria de base até a outra ponta do setor, com máquinas, couro, calçados, joias, ótica, entre os diversos pilares que compõem esse ramo.
“A cadeia da moda gera riquezas e empregos, move a economia”, disse Josué Gomes da Silva, presidente da Fiesp, ao agradecer os dirigentes que estão à frente do Commoda e seus integrantes. A união de vários elos da cadeira irá otimizar a busca de soluções para as demandas do setor.
Para Wayner Machado da Silva, diretor do Commoda e vice-presidente do Sindicato da Indústria do Curtimento de Couros e Peles no Estado de São Paulo (Sindicouro), trata-se de um setor essencial que trabalhará unido.
Em sua exposição, Josué Gomes da Silva, mencionou a Jornada de Transformação Digital, programa liderado pela Fiesp e pelo Senai-SP, que tem o propósito de digitalizar 40 mil indústrias no Estado de São Paulo, nos próximos quatro anos. O programa é dividido em oito etapas e é gratuito para quem fatura até R$ 8 milhões por ano. Ele teve início em maio e, até o momento, 3.900 empresas indústrias já aderiram.
O presidente também cita que, como avanço, a definição, nesta semana, das taxas de financiamento do Desenvolve SP para indústrias mais adiantadas na digitalização e que já estão comprando novos equipamentos. Os empréstimos terão três anos de prazo de pagamento, seis meses de carência, com taxa Selic, mais 0,5% para quem não cumprir o prazo, e menos 4,5% para aquele que se atentar aos prazos estabelecidos. “É um financiamento importante e a cadeia de moda pode se engajar na Jornada com ganho de produtividade e taxas atrativas para o setor”, disse Josué.
Em seguida, o economista chefe da Fiesp, Igor Rocha, fez uma breve exposição, na qual ressaltou a importância da indústria de transformação, lembrando que o setor é o que mais investe em pesquisa e desenvolvimento (p&d). Para ele, é preciso discutir a produtividade, que depende dos pilares da educação e do custo do crédito, com a redução das taxas de juros, o acesso à tecnologia e investimentos, o equilíbrio das tarifas de exportação e importação, entre outros pontos essenciais.
Rocha destacou ainda a urgência de se realizar a Reforma Tributária – duas Propostas de Emenda à Constituição (PECs), a 110 e a 45, tramitam no Parlamento. Segundo ele, a Tributária é a mãe de todas as reformas, pois envolve competitividade e reindustrialização. Hoje a indústria de transformação paga mais impostos do que os outros setores. Por isso, Rocha defende que a reforma seja ampla e isonômica.
Na sequência, Ricardo Terra, diretor regional do Senai-SP, fez uma apresentação sobre a importância do Serviço Nacional de Aprendizagem Industrial, a escola de ensino profissional da indústria. Criado em 1942, o capital humano do Senai-SP soma hoje mais de 6 mil funcionários, sendo mais de 3 mil docentes e quase 500 especialistas em tecnologia, 92 escolas fixas e 78 móveis e agrega quase um milhão de matrículas.