Associação Brasileira das Indústrias de Artefatos de Couro e Artigos de Viagem

13/05/2022

Propostas para a indústria da construção são debatidas na Fiesp

“A cadeia produtiva está desequilibrada, o preço dos materiais de construção está maior com a inflação e a carga tributária é ruim para o setor. Nossa indústria não tem como ser pequena frente ao tamanho do Brasil. No entanto, temos grandes impeditivos e qualquer ação que possa destravar é significativa”. Foi com essas constatações que Rubens Menin Teixeira de Souza, presidente do Conselho Superior da Indústria da Construção (Consic) da Fiesp, abriu a reunião do Conselho, realizada nesta quarta-feira (11/5), na Fiesp.

Menin afirmou também que é o momento de as entidades representativas do setor trabalharem em conjunto para apresentar para o Poder Público as medidas que consideram importantes. “Os desafios existem, e podemos fazer algo de concreto. Hoje, existe no Ministério da Economia uma vontade grande de fazer acontecer”, resssaltou. 

Andamento dos trabalhos dos Grupos de Trabalho (GTs)

Para nortear as ações do Conselho, foi apresentado um conjunto de assuntos relevantes para o setor, com a proposta de analisar quais prioridades serão definidas.

Fernando Garcia, consultor econômico do Departamento da Indústria da Construção e Mineração (Deconcic) da Fiesp, lembrou que as ideias abordadas no ConstruBusiness, o  Congresso Brasileiro da Construção, realizado na entidade, já serviram como propostas às demandas do setor. Contudo, com o cenário atual em que o Brasil passa de desequilíbrio econômico e financeiro, os dados da época não podem mais ser considerados, e é preciso ajustar à realidade de hoje.

Rodrigo Navarro, membro do Conselho, lembrou que o Governo Federal lançou recentemente o programa Construa Brasil, e recomendou que o Consic utilize os trabalhos em andamento para apoiar seus pleitos.

Para Navarro, na questão tributária, é preciso olhar prioritariamente para o Imposto sobre Circulação de Mercadorias e Serviços (ICMS) do Estado de São Paulo. “Não podemos nos focar apenas no aspecto Brasil, temos, sim, de olhar para São Paulo. Outra sugestão é mirar o aspecto internacional, ver como é feito no exterior e trazer esse know-how para o Brasil”, disse. Ele acrescentou que retomar obras paradas pode ser um componente importante para a geração de renda na atual conjuntura econômica.

O vice-presidente do Consic, Luiz França, apresentou os principais desafios que o Conselho precisa trabalhar no nomeado “Custo Brasil/Avenidas de Crescimento”. Os temas importantes em que a Fiesp pode contribuir são: burocracia em licenciamento e modernização de processos; custo financeiro; reformas estruturantes; produtividade e qualificação profissional; modelo de negócios para concessões e Parceria Público-Privada (PPPs); planejamento de infraestrutura, habitação e saneamento; e atividades para financiamento. 

Diante dessa lista, Menin aconselhou o grupo a se debruçar sobre alguns itens. “Precisamos focar em dois pontos para o crescimento do país: primeiro, vencer a burocracia, trabalhar com PPPs e concessões é fundamental; e segundo, ter uma boa comunicação direta e objetiva é mais eficiente do que juros compostos”, resumiu.

FONTE: FIESP